quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Novas tecnologias de saneamento buscam reaproveitamento de água

Drenagem sustentável combate o desperdício e protege o meio ambiente

Tatsuo Shubo (Foto: Divulgação)Tatsuo Shubo explica técnicas de tratamento de
água e esgoto (Foto: Divulgação)
Um dos grandes problemas atuais nos centros urbanos é a questão do saneamento básico. Estudos internacionais mostram que a carência de água potável representa uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. No Brasil, o Artigo 3º da Lei nº 11.445/07 considera saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem e manejo das águas pluviais.
“Ao se falar de abastecimento, esgotamento e drenagem, o cerne da questão é, fundamentalmente, água”, ressalta Tatsuo Shubo, assessor da vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na maioria dos casos, a grande concentração populacional é a responsável pela forte pressão sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade, quanto em qualidade. “A cada dia a água precisa ser captada mais longe, pois além da necessidade de volumes cada vez maiores, a qualidade da água decai vertiginosamente, aumentando os custos de tratamento”, explica Tatsuo.
Por conta disso, se torna cada vez mais necessário o desenvolvimento de novas técnicas e sistemas de tratamento de água e esgoto para atender às populações mais afetadas pela carência na distribuição de saneamento básico. Conheça algumas delas:
Reutilização da água: Por conta da distribuição desigual da água, muitas vezes, onde há água, não há tanta gente - por exemplo, na Amazônia - e onde há muita gente não há tanta disponibilidade hídrica – como na Região Sudeste do país. “Resta-nos usar a água com racionalidade, reutilizando este bem, sempre que possível”, observa Tatsuo. A reutilização da água precisa seguir critérios básicos: segurança à saúde, estética, proteção ambiental e viabilidade técnica e econômica. Uma forma que se destaca é o tratamento de esgoto de processos industriais, como os de produtos de carvão, petróleo, produção primária de metal, curtumes (onde se preparam couros e peles para industrializar), indústrias têxteis, químicas e de papel e celulose.
Outra forma é a conjugação do aproveitamento da água de chuva capitada em telhados e calhas com o reuso das águas cinzas – as que derivam de uso doméstico ou comercial, como de chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupas e lavagem de autos –, que vai para um sistema de abastecimento paralelo ao da àgua potável. “Dada a imprevisibilidade da disponibilidade de chuvas, em atendimento aos critérios econômicos, torna-se mais viável a utilização deste sistema híbrido, que ajuda na redução da pressão hídrica e dos picos de enchentes nas cidades, além de proporcionar ganhos financeiros”, acrescenta Tatsuo.
Telhado verde (Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa/Fiocruz)Técnica de drenagem sustentável: telhado verde
(Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa)
Drenagem sustentável: A drenagem sustentável visa restabelecer parte das propriedades de absorção do solo por meio de técnicas que propiciam a infiltração da água de chuva, o que retarda os picos de cheia e aumenta a capacidade de recarga dos lençóis d’água. “Dentre as principais técnicas, podemos destacar, além dos telhados verdes, as trincheiras de infiltração, os jardins de chuva, os pavimentos permeáveis e os poços de infiltração”, exemplifica Tatsuo. Os telhados verdes, aliás, são os locais onde pesquisadores da Fiocruz fazem medições de redução de temperatura e retenção de água.
No Brasil, o uso de pavimentos permeáveis é tido como uma das principais técnicas de drenagem sustentável, apesar de ter custo em torno de 10% maior a tecnologia convencional. Basicamente, este sistema é composto de uma série de elementos vazados que, quando assentados, permitem que a água penetre nos espaços vazios e atinja o solo. “Suas principais vantagens são a redução do escoamento superficial, a melhoria das condições de evapotranspiração e a consequente redução das ilhas de calor”, ressalta Tatsuo.
Tratamento de esgoto (Foto: Divulgação/Fiocruz)Tratamento de esgoto aeróbio e esgoto tratado na
Fiocruz (Foto: Divulgação/Fiocruz)
Tratamento aeróbio e anaeróbio de esgoto: Em grandes cidades, o tratamento de esgotos domésticos é normalmente o lodo ativado. O trabalho consiste em um sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio – tratamento aeróbio. Esse processo acontece em unidades chamadas tanques de aeração, para onde o esgosto é levado. Nesses tanques, o ar é insuflado para manter um nível alto de oxigênio, o que faz as bactérias aeróbias agirem.
“O efluente desse reator, chamado lodo, é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico. Em média, esse processo remove entre 90% e 99% dos poluentes orgânicos presentes no esgoto”, explica Tatsuo.
Por sua vez, as cidades de pequeno e médio porte adotam, tradicionalmente, os sistemas anaeróbios, nos quais o consumo de energia se restringe basicamente ao bombeamento dos efluentes de esgoto, uma vez que não é necessário inserir oxigênio no processo. “A eficiência também é alta, atingindo patamares superiores à 85% de remoção de carga orgânica. Tanto os sistemas aeróbios, quanto os anaeróbios apresentam variantes nos processos, procurando adaptá-los às realidades locais e às necessidades de qualidade do efluente lançado”, completa

Novas tecnologias de saneamento buscam reaproveitamento de água

Drenagem sustentável combate o desperdício e protege o meio ambiente


Tatsuo Shubo (Foto: Divulgação)Tatsuo Shubo explica técnicas de tratamento de
água e esgoto (Foto: Divulgação)
Um dos grandes problemas atuais nos centros urbanos é a questão do saneamento básico. Estudos internacionais mostram que a carência de água potável representa uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. No Brasil, o Artigo 3º da Lei nº 11.445/07 considera saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem e manejo das águas pluviais.
“Ao se falar de abastecimento, esgotamento e drenagem, o cerne da questão é, fundamentalmente, água”, ressalta Tatsuo Shubo, assessor da vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na maioria dos casos, a grande concentração populacional é a responsável pela forte pressão sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade, quanto em qualidade. “A cada dia a água precisa ser captada mais longe, pois além da necessidade de volumes cada vez maiores, a qualidade da água decai vertiginosamente, aumentando os custos de tratamento”, explica Tatsuo.
Por conta disso, se torna cada vez mais necessário o desenvolvimento de novas técnicas e sistemas de tratamento de água e esgoto para atender às populações mais afetadas pela carência na distribuição de saneamento básico. Conheça algumas delas:
Reutilização da água: Por conta da distribuição desigual da água, muitas vezes, onde há água, não há tanta gente - por exemplo, na Amazônia - e onde há muita gente não há tanta disponibilidade hídrica – como na Região Sudeste do país. “Resta-nos usar a água com racionalidade, reutilizando este bem, sempre que possível”, observa Tatsuo. A reutilização da água precisa seguir critérios básicos: segurança à saúde, estética, proteção ambiental e viabilidade técnica e econômica. Uma forma que se destaca é o tratamento de esgoto de processos industriais, como os de produtos de carvão, petróleo, produção primária de metal, curtumes (onde se preparam couros e peles para industrializar), indústrias têxteis, químicas e de papel e celulose.
Outra forma é a conjugação do aproveitamento da água de chuva capitada em telhados e calhas com o reuso das águas cinzas – as que derivam de uso doméstico ou comercial, como de chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupas e lavagem de autos –, que vai para um sistema de abastecimento paralelo ao da àgua potável. “Dada a imprevisibilidade da disponibilidade de chuvas, em atendimento aos critérios econômicos, torna-se mais viável a utilização deste sistema híbrido, que ajuda na redução da pressão hídrica e dos picos de enchentes nas cidades, além de proporcionar ganhos financeiros”, acrescenta Tatsuo.
Telhado verde (Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa/Fiocruz)Técnica de drenagem sustentável: telhado verde
(Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa)
Drenagem sustentável: A drenagem sustentável visa restabelecer parte das propriedades de absorção do solo por meio de técnicas que propiciam a infiltração da água de chuva, o que retarda os picos de cheia e aumenta a capacidade de recarga dos lençóis d’água. “Dentre as principais técnicas, podemos destacar, além dos telhados verdes, as trincheiras de infiltração, os jardins de chuva, os pavimentos permeáveis e os poços de infiltração”, exemplifica Tatsuo. Os telhados verdes, aliás, são os locais onde pesquisadores da Fiocruz fazem medições de redução de temperatura e retenção de água.
No Brasil, o uso de pavimentos permeáveis é tido como uma das principais técnicas de drenagem sustentável, apesar de ter custo em torno de 10% maior a tecnologia convencional. Basicamente, este sistema é composto de uma série de elementos vazados que, quando assentados, permitem que a água penetre nos espaços vazios e atinja o solo. “Suas principais vantagens são a redução do escoamento superficial, a melhoria das condições de evapotranspiração e a consequente redução das ilhas de calor”, ressalta Tatsuo.
Tratamento de esgoto (Foto: Divulgação/Fiocruz)Tratamento de esgoto aeróbio e esgoto tratado na
Fiocruz (Foto: Divulgação/Fiocruz)
Tratamento aeróbio e anaeróbio de esgoto: Em grandes cidades, o tratamento de esgotos domésticos é normalmente o lodo ativado. O trabalho consiste em um sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio – tratamento aeróbio. Esse processo acontece em unidades chamadas tanques de aeração, para onde o esgosto é levado. Nesses tanques, o ar é insuflado para manter um nível alto de oxigênio, o que faz as bactérias aeróbias agirem.
“O efluente desse reator, chamado lodo, é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico. Em média, esse processo remove entre 90% e 99% dos poluentes orgânicos presentes no esgoto”, explica Tatsuo.
Por sua vez, as cidades de pequeno e médio porte adotam, tradicionalmente, os sistemas anaeróbios, nos quais o consumo de energia se restringe basicamente ao bombeamento dos efluentes de esgoto, uma vez que não é necessário inserir oxigênio no processo. “A eficiência também é alta, atingindo patamares superiores à 85% de remoção de carga orgânica. Tanto os sistemas aeróbios, quanto os anaeróbios apresentam variantes nos processos, procurando adaptá-los às realidades locais e às necessidades de qualidade do efluente lançado”, completa.

Novas tecnologias de saneamento buscam reaproveitamento de água

Drenagem sustentável combate o desperdício e protege o meio ambiente


Tatsuo Shubo (Foto: Divulgação)Tatsuo Shubo explica técnicas de tratamento de
água e esgoto (Foto: Divulgação)
Um dos grandes problemas atuais nos centros urbanos é a questão do saneamento básico. Estudos internacionais mostram que a carência de água potável representa uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. No Brasil, o Artigo 3º da Lei nº 11.445/07 considera saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem e manejo das águas pluviais.
“Ao se falar de abastecimento, esgotamento e drenagem, o cerne da questão é, fundamentalmente, água”, ressalta Tatsuo Shubo, assessor da vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na maioria dos casos, a grande concentração populacional é a responsável pela forte pressão sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade, quanto em qualidade. “A cada dia a água precisa ser captada mais longe, pois além da necessidade de volumes cada vez maiores, a qualidade da água decai vertiginosamente, aumentando os custos de tratamento”, explica Tatsuo.
Por conta disso, se torna cada vez mais necessário o desenvolvimento de novas técnicas e sistemas de tratamento de água e esgoto para atender às populações mais afetadas pela carência na distribuição de saneamento básico. Conheça algumas delas:
Reutilização da água: Por conta da distribuição desigual da água, muitas vezes, onde há água, não há tanta gente - por exemplo, na Amazônia - e onde há muita gente não há tanta disponibilidade hídrica – como na Região Sudeste do país. “Resta-nos usar a água com racionalidade, reutilizando este bem, sempre que possível”, observa Tatsuo. A reutilização da água precisa seguir critérios básicos: segurança à saúde, estética, proteção ambiental e viabilidade técnica e econômica. Uma forma que se destaca é o tratamento de esgoto de processos industriais, como os de produtos de carvão, petróleo, produção primária de metal, curtumes (onde se preparam couros e peles para industrializar), indústrias têxteis, químicas e de papel e celulose.
Outra forma é a conjugação do aproveitamento da água de chuva capitada em telhados e calhas com o reuso das águas cinzas – as que derivam de uso doméstico ou comercial, como de chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupas e lavagem de autos –, que vai para um sistema de abastecimento paralelo ao da àgua potável. “Dada a imprevisibilidade da disponibilidade de chuvas, em atendimento aos critérios econômicos, torna-se mais viável a utilização deste sistema híbrido, que ajuda na redução da pressão hídrica e dos picos de enchentes nas cidades, além de proporcionar ganhos financeiros”, acrescenta Tatsuo.
Telhado verde (Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa/Fiocruz)Técnica de drenagem sustentável: telhado verde
(Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa)
Drenagem sustentável: A drenagem sustentável visa restabelecer parte das propriedades de absorção do solo por meio de técnicas que propiciam a infiltração da água de chuva, o que retarda os picos de cheia e aumenta a capacidade de recarga dos lençóis d’água. “Dentre as principais técnicas, podemos destacar, além dos telhados verdes, as trincheiras de infiltração, os jardins de chuva, os pavimentos permeáveis e os poços de infiltração”, exemplifica Tatsuo. Os telhados verdes, aliás, são os locais onde pesquisadores da Fiocruz fazem medições de redução de temperatura e retenção de água.
No Brasil, o uso de pavimentos permeáveis é tido como uma das principais técnicas de drenagem sustentável, apesar de ter custo em torno de 10% maior a tecnologia convencional. Basicamente, este sistema é composto de uma série de elementos vazados que, quando assentados, permitem que a água penetre nos espaços vazios e atinja o solo. “Suas principais vantagens são a redução do escoamento superficial, a melhoria das condições de evapotranspiração e a consequente redução das ilhas de calor”, ressalta Tatsuo.
Tratamento de esgoto (Foto: Divulgação/Fiocruz)Tratamento de esgoto aeróbio e esgoto tratado na
Fiocruz (Foto: Divulgação/Fiocruz)
Tratamento aeróbio e anaeróbio de esgoto: Em grandes cidades, o tratamento de esgotos domésticos é normalmente o lodo ativado. O trabalho consiste em um sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio – tratamento aeróbio. Esse processo acontece em unidades chamadas tanques de aeração, para onde o esgosto é levado. Nesses tanques, o ar é insuflado para manter um nível alto de oxigênio, o que faz as bactérias aeróbias agirem.
“O efluente desse reator, chamado lodo, é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico. Em média, esse processo remove entre 90% e 99% dos poluentes orgânicos presentes no esgoto”, explica Tatsuo.
Por sua vez, as cidades de pequeno e médio porte adotam, tradicionalmente, os sistemas anaeróbios, nos quais o consumo de energia se restringe basicamente ao bombeamento dos efluentes de esgoto, uma vez que não é necessário inserir oxigênio no processo. “A eficiência também é alta, atingindo patamares superiores à 85% de remoção de carga orgânica. Tanto os sistemas aeróbios, quanto os anaeróbios apresentam variantes nos processos, procurando adaptá-los às realidades locais e às necessidades de qualidade do efluente lançado”, completa.

Novas tecnologias de saneamento buscam reaproveitamento de água

Drenagem sustentável combate o desperdício e protege o meio ambiente


Tatsuo Shubo (Foto: Divulgação)Tatsuo Shubo explica técnicas de tratamento de
água e esgoto (Foto: Divulgação)
Um dos grandes problemas atuais nos centros urbanos é a questão do saneamento básico. Estudos internacionais mostram que a carência de água potável representa uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. No Brasil, o Artigo 3º da Lei nº 11.445/07 considera saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem e manejo das águas pluviais.
“Ao se falar de abastecimento, esgotamento e drenagem, o cerne da questão é, fundamentalmente, água”, ressalta Tatsuo Shubo, assessor da vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na maioria dos casos, a grande concentração populacional é a responsável pela forte pressão sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade, quanto em qualidade. “A cada dia a água precisa ser captada mais longe, pois além da necessidade de volumes cada vez maiores, a qualidade da água decai vertiginosamente, aumentando os custos de tratamento”, explica Tatsuo.
Por conta disso, se torna cada vez mais necessário o desenvolvimento de novas técnicas e sistemas de tratamento de água e esgoto para atender às populações mais afetadas pela carência na distribuição de saneamento básico. Conheça algumas delas:
Reutilização da água: Por conta da distribuição desigual da água, muitas vezes, onde há água, não há tanta gente - por exemplo, na Amazônia - e onde há muita gente não há tanta disponibilidade hídrica – como na Região Sudeste do país. “Resta-nos usar a água com racionalidade, reutilizando este bem, sempre que possível”, observa Tatsuo. A reutilização da água precisa seguir critérios básicos: segurança à saúde, estética, proteção ambiental e viabilidade técnica e econômica. Uma forma que se destaca é o tratamento de esgoto de processos industriais, como os de produtos de carvão, petróleo, produção primária de metal, curtumes (onde se preparam couros e peles para industrializar), indústrias têxteis, químicas e de papel e celulose.
Outra forma é a conjugação do aproveitamento da água de chuva capitada em telhados e calhas com o reuso das águas cinzas – as que derivam de uso doméstico ou comercial, como de chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupas e lavagem de autos –, que vai para um sistema de abastecimento paralelo ao da àgua potável. “Dada a imprevisibilidade da disponibilidade de chuvas, em atendimento aos critérios econômicos, torna-se mais viável a utilização deste sistema híbrido, que ajuda na redução da pressão hídrica e dos picos de enchentes nas cidades, além de proporcionar ganhos financeiros”, acrescenta Tatsuo.
Telhado verde (Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa/Fiocruz)Técnica de drenagem sustentável: telhado verde
(Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa)
Drenagem sustentável: A drenagem sustentável visa restabelecer parte das propriedades de absorção do solo por meio de técnicas que propiciam a infiltração da água de chuva, o que retarda os picos de cheia e aumenta a capacidade de recarga dos lençóis d’água. “Dentre as principais técnicas, podemos destacar, além dos telhados verdes, as trincheiras de infiltração, os jardins de chuva, os pavimentos permeáveis e os poços de infiltração”, exemplifica Tatsuo. Os telhados verdes, aliás, são os locais onde pesquisadores da Fiocruz fazem medições de redução de temperatura e retenção de água.
No Brasil, o uso de pavimentos permeáveis é tido como uma das principais técnicas de drenagem sustentável, apesar de ter custo em torno de 10% maior a tecnologia convencional. Basicamente, este sistema é composto de uma série de elementos vazados que, quando assentados, permitem que a água penetre nos espaços vazios e atinja o solo. “Suas principais vantagens são a redução do escoamento superficial, a melhoria das condições de evapotranspiração e a consequente redução das ilhas de calor”, ressalta Tatsuo.
Tratamento de esgoto (Foto: Divulgação/Fiocruz)Tratamento de esgoto aeróbio e esgoto tratado na
Fiocruz (Foto: Divulgação/Fiocruz)
Tratamento aeróbio e anaeróbio de esgoto: Em grandes cidades, o tratamento de esgotos domésticos é normalmente o lodo ativado. O trabalho consiste em um sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio – tratamento aeróbio. Esse processo acontece em unidades chamadas tanques de aeração, para onde o esgosto é levado. Nesses tanques, o ar é insuflado para manter um nível alto de oxigênio, o que faz as bactérias aeróbias agirem.
“O efluente desse reator, chamado lodo, é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico. Em média, esse processo remove entre 90% e 99% dos poluentes orgânicos presentes no esgoto”, explica Tatsuo.
Por sua vez, as cidades de pequeno e médio porte adotam, tradicionalmente, os sistemas anaeróbios, nos quais o consumo de energia se restringe basicamente ao bombeamento dos efluentes de esgoto, uma vez que não é necessário inserir oxigênio no processo. “A eficiência também é alta, atingindo patamares superiores à 85% de remoção de carga orgânica. Tanto os sistemas aeróbios, quanto os anaeróbios apresentam variantes nos processos, procurando adaptá-los às realidades locais e às necessidades de qualidade do efluente lançado”, completa.

Novas tecnologias de saneamento buscam reaproveitamento de água

Drenagem sustentável combate o desperdício e protege o meio ambiente


Tatsuo Shubo (Foto: Divulgação)Tatsuo Shubo explica técnicas de tratamento de
água e esgoto (Foto: Divulgação)
Um dos grandes problemas atuais nos centros urbanos é a questão do saneamento básico. Estudos internacionais mostram que a carência de água potável representa uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. No Brasil, o Artigo 3º da Lei nº 11.445/07 considera saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem e manejo das águas pluviais.
“Ao se falar de abastecimento, esgotamento e drenagem, o cerne da questão é, fundamentalmente, água”, ressalta Tatsuo Shubo, assessor da vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na maioria dos casos, a grande concentração populacional é a responsável pela forte pressão sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade, quanto em qualidade. “A cada dia a água precisa ser captada mais longe, pois além da necessidade de volumes cada vez maiores, a qualidade da água decai vertiginosamente, aumentando os custos de tratamento”, explica Tatsuo.
Por conta disso, se torna cada vez mais necessário o desenvolvimento de novas técnicas e sistemas de tratamento de água e esgoto para atender às populações mais afetadas pela carência na distribuição de saneamento básico. Conheça algumas delas:
Reutilização da água: Por conta da distribuição desigual da água, muitas vezes, onde há água, não há tanta gente - por exemplo, na Amazônia - e onde há muita gente não há tanta disponibilidade hídrica – como na Região Sudeste do país. “Resta-nos usar a água com racionalidade, reutilizando este bem, sempre que possível”, observa Tatsuo. A reutilização da água precisa seguir critérios básicos: segurança à saúde, estética, proteção ambiental e viabilidade técnica e econômica. Uma forma que se destaca é o tratamento de esgoto de processos industriais, como os de produtos de carvão, petróleo, produção primária de metal, curtumes (onde se preparam couros e peles para industrializar), indústrias têxteis, químicas e de papel e celulose.
Outra forma é a conjugação do aproveitamento da água de chuva capitada em telhados e calhas com o reuso das águas cinzas – as que derivam de uso doméstico ou comercial, como de chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupas e lavagem de autos –, que vai para um sistema de abastecimento paralelo ao da àgua potável. “Dada a imprevisibilidade da disponibilidade de chuvas, em atendimento aos critérios econômicos, torna-se mais viável a utilização deste sistema híbrido, que ajuda na redução da pressão hídrica e dos picos de enchentes nas cidades, além de proporcionar ganhos financeiros”, acrescenta Tatsuo.
Telhado verde (Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa/Fiocruz)Técnica de drenagem sustentável: telhado verde
(Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa)
Drenagem sustentável: A drenagem sustentável visa restabelecer parte das propriedades de absorção do solo por meio de técnicas que propiciam a infiltração da água de chuva, o que retarda os picos de cheia e aumenta a capacidade de recarga dos lençóis d’água. “Dentre as principais técnicas, podemos destacar, além dos telhados verdes, as trincheiras de infiltração, os jardins de chuva, os pavimentos permeáveis e os poços de infiltração”, exemplifica Tatsuo. Os telhados verdes, aliás, são os locais onde pesquisadores da Fiocruz fazem medições de redução de temperatura e retenção de água.
No Brasil, o uso de pavimentos permeáveis é tido como uma das principais técnicas de drenagem sustentável, apesar de ter custo em torno de 10% maior a tecnologia convencional. Basicamente, este sistema é composto de uma série de elementos vazados que, quando assentados, permitem que a água penetre nos espaços vazios e atinja o solo. “Suas principais vantagens são a redução do escoamento superficial, a melhoria das condições de evapotranspiração e a consequente redução das ilhas de calor”, ressalta Tatsuo.
Tratamento de esgoto (Foto: Divulgação/Fiocruz)Tratamento de esgoto aeróbio e esgoto tratado na
Fiocruz (Foto: Divulgação/Fiocruz)
Tratamento aeróbio e anaeróbio de esgoto: Em grandes cidades, o tratamento de esgotos domésticos é normalmente o lodo ativado. O trabalho consiste em um sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio – tratamento aeróbio. Esse processo acontece em unidades chamadas tanques de aeração, para onde o esgosto é levado. Nesses tanques, o ar é insuflado para manter um nível alto de oxigênio, o que faz as bactérias aeróbias agirem.
“O efluente desse reator, chamado lodo, é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico. Em média, esse processo remove entre 90% e 99% dos poluentes orgânicos presentes no esgoto”, explica Tatsuo.
Por sua vez, as cidades de pequeno e médio porte adotam, tradicionalmente, os sistemas anaeróbios, nos quais o consumo de energia se restringe basicamente ao bombeamento dos efluentes de esgoto, uma vez que não é necessário inserir oxigênio no processo. “A eficiência também é alta, atingindo patamares superiores à 85% de remoção de carga orgânica. Tanto os sistemas aeróbios, quanto os anaeróbios apresentam variantes nos processos, procurando adaptá-los às realidades locais e às necessidades de qualidade do efluente lançado”, completa.

Novas tecnologias de saneamento buscam reaproveitamento de água

Drenagem sustentável combate o desperdício e protege o meio ambiente


Tatsuo Shubo (Foto: Divulgação)Tatsuo Shubo explica técnicas de tratamento de
água e esgoto (Foto: Divulgação)
Um dos grandes problemas atuais nos centros urbanos é a questão do saneamento básico. Estudos internacionais mostram que a carência de água potável representa uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. No Brasil, o Artigo 3º da Lei nº 11.445/07 considera saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem e manejo das águas pluviais.
“Ao se falar de abastecimento, esgotamento e drenagem, o cerne da questão é, fundamentalmente, água”, ressalta Tatsuo Shubo, assessor da vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na maioria dos casos, a grande concentração populacional é a responsável pela forte pressão sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade, quanto em qualidade. “A cada dia a água precisa ser captada mais longe, pois além da necessidade de volumes cada vez maiores, a qualidade da água decai vertiginosamente, aumentando os custos de tratamento”, explica Tatsuo.
Por conta disso, se torna cada vez mais necessário o desenvolvimento de novas técnicas e sistemas de tratamento de água e esgoto para atender às populações mais afetadas pela carência na distribuição de saneamento básico. Conheça algumas delas:
Reutilização da água: Por conta da distribuição desigual da água, muitas vezes, onde há água, não há tanta gente - por exemplo, na Amazônia - e onde há muita gente não há tanta disponibilidade hídrica – como na Região Sudeste do país. “Resta-nos usar a água com racionalidade, reutilizando este bem, sempre que possível”, observa Tatsuo. A reutilização da água precisa seguir critérios básicos: segurança à saúde, estética, proteção ambiental e viabilidade técnica e econômica. Uma forma que se destaca é o tratamento de esgoto de processos industriais, como os de produtos de carvão, petróleo, produção primária de metal, curtumes (onde se preparam couros e peles para industrializar), indústrias têxteis, químicas e de papel e celulose.
Outra forma é a conjugação do aproveitamento da água de chuva capitada em telhados e calhas com o reuso das águas cinzas – as que derivam de uso doméstico ou comercial, como de chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupas e lavagem de autos –, que vai para um sistema de abastecimento paralelo ao da àgua potável. “Dada a imprevisibilidade da disponibilidade de chuvas, em atendimento aos critérios econômicos, torna-se mais viável a utilização deste sistema híbrido, que ajuda na redução da pressão hídrica e dos picos de enchentes nas cidades, além de proporcionar ganhos financeiros”, acrescenta Tatsuo.
Telhado verde (Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa/Fiocruz)Técnica de drenagem sustentável: telhado verde
(Foto: Divulgação/Renato Catiglia Feitosa)
Drenagem sustentável: A drenagem sustentável visa restabelecer parte das propriedades de absorção do solo por meio de técnicas que propiciam a infiltração da água de chuva, o que retarda os picos de cheia e aumenta a capacidade de recarga dos lençóis d’água. “Dentre as principais técnicas, podemos destacar, além dos telhados verdes, as trincheiras de infiltração, os jardins de chuva, os pavimentos permeáveis e os poços de infiltração”, exemplifica Tatsuo. Os telhados verdes, aliás, são os locais onde pesquisadores da Fiocruz fazem medições de redução de temperatura e retenção de água.
No Brasil, o uso de pavimentos permeáveis é tido como uma das principais técnicas de drenagem sustentável, apesar de ter custo em torno de 10% maior a tecnologia convencional. Basicamente, este sistema é composto de uma série de elementos vazados que, quando assentados, permitem que a água penetre nos espaços vazios e atinja o solo. “Suas principais vantagens são a redução do escoamento superficial, a melhoria das condições de evapotranspiração e a consequente redução das ilhas de calor”, ressalta Tatsuo.
Tratamento de esgoto (Foto: Divulgação/Fiocruz)Tratamento de esgoto aeróbio e esgoto tratado na
Fiocruz (Foto: Divulgação/Fiocruz)
Tratamento aeróbio e anaeróbio de esgoto: Em grandes cidades, o tratamento de esgotos domésticos é normalmente o lodo ativado. O trabalho consiste em um sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio – tratamento aeróbio. Esse processo acontece em unidades chamadas tanques de aeração, para onde o esgosto é levado. Nesses tanques, o ar é insuflado para manter um nível alto de oxigênio, o que faz as bactérias aeróbias agirem.
“O efluente desse reator, chamado lodo, é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico. Em média, esse processo remove entre 90% e 99% dos poluentes orgânicos presentes no esgoto”, explica Tatsuo.
Por sua vez, as cidades de pequeno e médio porte adotam, tradicionalmente, os sistemas anaeróbios, nos quais o consumo de energia se restringe basicamente ao bombeamento dos efluentes de esgoto, uma vez que não é necessário inserir oxigênio no processo. “A eficiência também é alta, atingindo patamares superiores à 85% de remoção de carga orgânica. Tanto os sistemas aeróbios, quanto os anaeróbios apresentam variantes nos processos, procurando adaptá-los às realidades locais e às necessidades de qualidade do efluente lançado”, completa.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cientistas estudam porcos-espinho para melhorar agulhas de uso médico

Pesquisa realizada pelo MIT sugere que espinhos podem ajudar medicina.
Estrutura penetra facilmente na pele e é difícil de ser removida, diz estudo.

Do G1, em São Paulo
3 comentários
Cientistas estudaram porcos-espinho americanos para entender como a estrutura de defesa natural destes animais, os espinhos, penetram na pele com facilidade e são difíceis de serem removidos.
A pesquisa, realizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) em conjunto com a Escola Médica de Harvard, aponta que os espinhos dos animais podem ajudar a aperfeiçoar agulhas e outros instrumentos médicos, fazendo com que eles entrem mais facilmente em tecidos, sem ser necessário fazer força, e que resistam a movimentos bruscos.
Porco-espinho americano, espécie que está sendo estudada por cientistas (Foto: Divulgação/Academia de Ciências da Califórnia)Porco-espinho americano, espécie que está sendo estudada por cientistas (Foto: Divulgação/Academia de Ciências da Califórnia)
O estudo foi publicado no periódico "PNAS" nesta segunda-feira (10). Foram testados espinhos naturais e réplicas sintéticas em dezenas de tecidos e superfícies, incluindo peles de animais, para medir a resistência destas estruturas de defesa.
Os cientistas chegaram à conclusão que a geometria do espinho ajuda sua penetração e permite que ele tenha uma grande adesão, graças a "farpas" microscópicas que assumem posição invertida quando são puxadas para fora da pele.
Não apenas a disposição das "agulhas" naturais no corpo do porco-espinho reduz a força necessária para furar o tecido, mas sua "topografia" também é fundamental.
Imagem microscópica de um espinho sintético (Foto: Divulgação)Imagem microscópica de um espinho sintético (Foto: Divulgação)
O porco-espinho americano possui cerca de 30 mil espinhos espalhados no seu corpo, que são liberados em contato com predadores. As "agulhas" destes animais são duras e diferentes de outros que possuem sistema de defesa parecido, como equidnas e porcos-espinho africanos, de acordo com o estudo.
Os espinhos podem ser reproduzidos de forma sintética, no futuro, para "aplicações biomédicas, como anestesia local, drenagem de abscessos, operações cardíacas" e outras finalidades, diz a pesquisa.
Para ler mais notícias do G1 Ciência e Saúde, clique em g1.globo.com/ciencia-e-saude. Siga também o G1 Ciência e Saúde no Twitter e por RSS.

Cientistas estudam porcos-espinho para melhorar agulhas de uso médico

Pesquisa realizada pelo MIT sugere que espinhos podem ajudar medicina.
Estrutura penetra facilmente na pele e é difícil de ser removida, diz estudo.

Do G1, em São Paulo
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Cientistas estudaram porcos-espinho americanos para entender como a estrutura de defesa natural destes animais, os espinhos, penetram na pele com facilidade e são difíceis de serem removidos.
A pesquisa, realizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) em conjunto com a Escola Médica de Harvard, aponta que os espinhos dos animais podem ajudar a aperfeiçoar agulhas e outros instrumentos médicos, fazendo com que eles entrem mais facilmente em tecidos, sem ser necessário fazer força, e que resistam a movimentos bruscos.
Porco-espinho americano, espécie que está sendo estudada por cientistas (Foto: Divulgação/Academia de Ciências da Califórnia)Porco-espinho americano, espécie que está sendo estudada por cientistas (Foto: Divulgação/Academia de Ciências da Califórnia)
O estudo foi publicado no periódico "PNAS" nesta segunda-feira (10). Foram testados espinhos naturais e réplicas sintéticas em dezenas de tecidos e superfícies, incluindo peles de animais, para medir a resistência destas estruturas de defesa.
Os cientistas chegaram à conclusão que a geometria do espinho ajuda sua penetração e permite que ele tenha uma grande adesão, graças a "farpas" microscópicas que assumem posição invertida quando são puxadas para fora da pele.
Não apenas a disposição das "agulhas" naturais no corpo do porco-espinho reduz a força necessária para furar o tecido, mas sua "topografia" também é fundamental.
Imagem microscópica de um espinho sintético (Foto: Divulgação)Imagem microscópica de um espinho sintético (Foto: Divulgação)
O porco-espinho americano possui cerca de 30 mil espinhos espalhados no seu corpo, que são liberados em contato com predadores. As "agulhas" destes animais são duras e diferentes de outros que possuem sistema de defesa parecido, como equidnas e porcos-espinho africanos, de acordo com o estudo.
Os espinhos podem ser reproduzidos de forma sintética, no futuro, para "aplicações biomédicas, como anestesia local, drenagem de abscessos, operações cardíacas" e outras finalidades, diz a pesquisa.
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Estudantes Paulistenses fazem mobilização de combate a poluição e preservação do Rio Piranhas, Fotos!

Um Grupo de estudantes de Escolas Publicas de Paulista, sertão paraibano, criaram o projeto “Salve o Rio Piranhas” com o objetivo de recuperar e preservar o precioso Rio Piranhas. Neste domingo.
Os jovens realizaram atividade de campo, onde os mesmos recolheram lixo as margens e dentro do Rio Piranhas, mais precisamente no trecho da ponte que liga Paulista a uma parte da zona rural do município.

Os jovens receberão o apoio do conservacionista Diassis Silva, natural de Jardim de Piranhas que há muitos anos luta pela conservação preservação do Rio Piranhas, de Diogo secretario de meio ambiente do Município de Paulista, do Venerável Mestre da Loja Maçônica Nozinho Cosme de Paulista Sr. Romildo e do radialista Wellington do Valle que também meteu a mão na maça, ou melhor... No Lixo, na ação de combate a poluição do velho Piranhas.

A ação durou cerca de uma hora onde o grupo juntou cerca de 8 sacos de lixo, dos mais variados materiais; plástico, papel, roupa, ossos animais, latas de bebida, ferro e até dinheiro, pois é, um dos jovens encontrou uma nota de R$ 2,00. 

Ao final, a acão foi aplaudida pelos banhistas e turista que se fariam presentes em uma das barracas.

Veja  Fotos!





PaulistaPB.net

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

JARDIM DE PIRANHAS: A FÚRIA DA INSENSATEZ NO SUPLÍCIO DE INOCENTES LEIOES.




Jair Eloi de Souza*
Deus fez o homem dotado de inúmeras aptidões, para sobreviver por via das sucessivas gerações aqui na terra. Bem mais que os outros seres que nascem, vivem e morrem. Ao homem o criador deu-lhe a inteligência, a liberdade, a capacidade de viver em núcleos sociais. O ser humano elege, exclui, interpreta, separa, aperfeiçoa, ama, odeia, resgata, abandona. E ainda, franqueou a este ser pensante, a ferramenta da razão. Eis a maior diferença entre este e os outros viventes. Estes não alcançaram o estágio da razão, da interpretação razoável, agem quase sempre pelo instinto, não sabem o que é prudência ou respeito. Vejam o caso do Guepardo das savanas africanas, usa a velocidade nos limites de alcançar a gazela que terminara de parir o seu filhote na planície. Não assiste ao predador saber que sua presa vive a hora mais sagrada para uma mãe, afagar o seu rebento. Dessas premissas tiramos a seguinte conclusão: O homem quando pratica uma ação passiva de censura, de condenação, ele o faz sabendo que esta errado, até se auto-flagela depois de consumá-la, mas assume o cênico do egoísmo, da insensatez, da autoria da destruição, mesmo contra aqueles que habitam o seio da mãe natureza..
Os viventes que precisam da ajuda do homem para sobreviver, não imaginam que sem qualquer motivação, podem ser vítimas do suplício. Pois, meu caro jardinense, há uma diferença entre abater um leitão, pelas regras costumeiras, para consumir sua carne. Isso é permitido, pois, trata-se de uma vocação generosa que é alimentar-se ou alimentar alguém que está com fome. O reverso da medalha é supliciar, maltratar um animal, torturá-lo, queimá-lo vivo, de forma sorrateira, sutil, sem nenhuma destinação, a não ser dar uma demonstração de razia ao seu semelhante, o homem pensante, por qualquer entrevero pré-existente.
     Na sociedade organizada, a agressão aos que vivem nos descampados do tempo, não deixa de ser uma ação passiva de censura, de apuração pela corte competente. Mesmo que essa ação seja uma forma de chamar a atenção dos poderes constituídos. Ante uma possível   ausência, vacância, letargia, no disciplinamento de situação que também está ofertando desconforto ao ser humano e a sua própria família. Se havia uma motivação de ordem ambiental, atentando contra a saúde da coletividade, a inteligência humana era a melhor ferramenta para dar uma solução. Para tanto é que o povo dispõe de seu governante após escolher em eleições democráticas, tem sua defensoria pública, porque paga impostos ao Estado para ter os seus direitos preservados. No caso em comento, especialmente o suplício de porcos queimados na penumbra da madrugada, gera uma tipicidade, que não pode e não deve deixar de merecer a sua devida apuração, pelos órgãos competentes.
A lua cheia que abraça o pêndulo natalino nesta noite/madrugada, lacrimeja em banzo pela morte de inocentes e tristeza pelos que os alimentavam todas as manhãs.
* É Professor de Direito da UFRN.

UMA ORAÇÃO AO VELHO PIRANHAS.




     Jair Eloi de Souza*
Não posso inibir meu livre pensar, e me furtar de dizer ao primeiro leitor deste texto, que nesta noite de última lua cheia novembrina, estou abraçado a minha insignificância de escriba, ante o cansaço do corpo e da alma, em razão ter vivido uma semana enfrentando as velhas travas da vida. Mas, não tenho o direito à comunhão da inércia e do indiferentismo, e assumir a condição de filho ingrato, ante a agonia de um velho pai, de cabelos brancos, sem adereços em sua silhueta, pois, perdera o limbo, as ilhas, os lagamares, suas croas que sempre costumava afagar com esmero, para que os margeantes pudessem plantar e colher, o feijão, o milho e a melancia. Você que tantas vezes, fez minha saudosa mãe acordar-me da primeira madorna, e em cochicho maternal e salvador, dizer: “acorde, venha jantar, seu pai trouxe peixe do lagamar de Joaquim de Anália, já cozinhei e fiz um pirão”. Doce recordação. O Piranhas foi palco do meu desasnamento para enfrentar as águas, Neste aprendi a nadar. Era no seu leito, que todos os dias colhia uma bacia de coentro e em molhos, de casa em casa, todas as manhãs, vendia para ajudar na compra do material escolar. No abril chuvoso, quando as águas estavam barrentas, dormia no barranco em areia fria, e no quebrar da barra, usando iscas de minhoca pescava cangatís, o melhor de todos os bagres, principalmente em cozimento com maxixe de primeira chuvada.
Mas, o que está acontecendo com o Velho Piranhas? Maldade. Os desavisados do tempo ignoram a bondade da velhice, não permitem nem que lacrimeje mais. Aliás esse velho, cujas lágrimas sempre banhavam o santuário da mãe natureza, seus olhos estão secando. A vida que ele leva, é de penitente. Sangra por seus últimos regatos, algo diferente de suas cristalinas lágrimas. Nota-se um colorido acre, ferrugento, avermelhado, como o cenário do filme “O Pirata do Rio Vermelho”. Não sei o tamanho de sua saudade dos velhos tempos. Quando tinha a companhia de centenárias oiticicas, umarizeiros, canafístulas, ingazeiras. Estas árvores frondosas protegiam o barranco em massapé roxo. Era neste local que o cangatí, a piranha nas suas versões: beba, preta e vermelha, fazia suas furnas gelatinosas, verdadeiros coitos para descanso. O Velho Piranhas, não escuta mais o canto agudo do xéxeu-bico-osso, esqueceu o vôo majestoso da Garça-parda, o pato de crista com sua imponência tomou rumo dos alagadiços do Maranhão. Chego mesma a conclusão, o canto triste de suas antigas cachoeiras, é uma sinfonia do passado. Por isso, esse já alquebrado escriba, ponteia em sonhos de viola, a melancolia desse  arroçoado, porém teimoso rio,  nos versos que lhe convém  afagar:
I
Quem me dera poder navegar sozinho,
Calado, sutil, porém sem companhia,
Beijando as margens, e seguir destino,
Ancorando no mar de minhas ilhas.
II
Trambecando no meu leito destruído,
Chorando na dor que me corrói,
Minhas lágrimas caindo, amor traído,
Sem saber a razão que me destrói.
III
No remanso, procuro a solidão,
Na batéia da vida, às vezes choro,
Penso, se  nasci na contramão!
Errado, nem sei, não me recordo.
IV
Ser pintado de cores diferentes,
Logo eu, vim de grota cristalina,
Borrifada por nimbos do nascente,
Cuja mata situa-se na caatinga.
V
Sou teimoso,  não aceito a minha morte,
Se vadeio em leveza na forma soberana,
Em reproche, não aceito a triste   sorte,
Maltratado, da  própria espécie humana.
VI
Minhas oiças não perderam a puberdade,
Nem meu eco no templário da Justiça,
Nasci livre, vagueio, respiro a liberdade,
No meu pranto, por viver em triste lida.
VII
Se estou sujo, doente e encoivarado,
Não matei, não roubei, nem fiz chacina,
Meu viver, mal viver, sempre alugado,
Sou o banho dos pobres ou a piscina.
VIII
No meu choro, as lágrimas ainda podem,
Matar a sede, esperar meu co-irmão,
Em silêncio, espero os que me acodem,
No outono da vida, pranteio a solidão.
O pêndulo do tempo anuncia que os sinos de Belém, estão próximos a repicar, é Natal/ em lua cheia dezembrina/2012.
* É Professor do Curso de Direito da UFRN.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

PALESTRA COM COM REPRESENTANTES DO IDEMA.






 Nos dias 27, 29 e 30 de novembro aconteceu em nossa cidade no auditório da câmara municipal, palestras sobre a degradaçao ambiental  recuperação e reflorestamento com o geógrafo, analista ambiental do setor florestal do IDEMA do RN especialista em reflorestamento, Ronile Roberto e com o analista ambiental Marcos Costa.
Durante estes dias vários estudantes, professores e associações estiveram presentes no plenário da câmara municipal de Jardim de Piranhas, atentos ao assunto e na oportunidade, cobraram a presença dos fiscais do IBAMA e IDEMA.
Pedido este que foi logo atendido no dia seguinte, vale salientar que cerca de 700 estudantes com seus professores compareceram a estas palestras, e todos sairam de lá com um grande conhecimento.
Diassis Silva idealizador deste projeto que teve o início desde o dia 18 de novembro com a revitalização do rio piranhas, no dia 22 audiência pública e nos dias acima citados com palestras, vem aqui agradecer a associação dos amigos de Jardim de Piranhas na pessoa do presidente Francisco das Chagas Bezerra (AAJAP ), aos amigos do IDEMA, ao presidente da câmara municipal, a todos os professores e estudantes, aos cidadãos jardinenses, agentes de saúde, aos meus companheiros de rádio que deram uma grande parcela de contribuição como: Vito d,Luck, Alex Maia, Marcondes Gurgel, Eila Fernandes, Flávio Silva, Sandoval Araújo e toda população que direto ou indiretamente  participaram deste projeto em defesa do rio piranhas.