quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cientistas identificam vegetação que existia em SP há 270 milhões de anos

Espécies, já extintas, são similares às araucárias e aos pinheiros.
Pesquisa foi realizada por biólogo da Universidade Estadual de Campinas.

Da EFE
Lenhos petrifi cados usados no estudo foram coletados em sete localidades do Estado de São Paulo (Foto: Divulgação/Unicamp)Lenhos petrificados usados no estudo foram coletados em sete localidades do Estado de São Paulo (Foto: Divulgação/Unicamp)
Há mais de 270 milhões de anos, a região que hoje compõe o estado de São Paulo tinha um outro tipo de vegetação, apontou um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e divulgado nesta segunda-feira (8) pelo biólogo Rafael Faria, responsável por sua realização.
O acadêmico identificou a estrutura anatômica de fósseis de madeira do período Permiano, o último da era Paleozoica, quando a Terra era formada por um único continente (Pangeia) e os dinossauros ainda não existiam.
As espécies, já extintas, são similares às araucárias e aos pinheiros, segundo suas características anatômicas. As conclusões mencionadas foram alcançadas a partir da comparação do padrão dos anéis de crescimento do tronco de acordo com o clima, as estações e as características das folhas.
"A parede celular das plantas possuem lignina e é uma estrutura rígida, sendo fácil de ser preservada ao longo do tempo", explicou o biólogo.
Outro dado interessante que o biólogo descobriu foi a presença de fungos nos fósseis, os quais, segundo ele, podem indicar um ecossistema em colapso. "Em princípio, pensei que fosse sujeira, mas depois descobri que eram fungos", afirmou o pesquisador. No entanto, os micro-organismos citados não foram identificados, já que os mesmos estavam muito danificados", explicou.
O estudo contou com mostras de sete regiões do estado de São Paulo: Piracicaba, Saltinho, Rio Claro, Santa Rosa de Viterbo, Angatuba, Conchas e Laras.

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