Pigmento foi encontrado também em lula gigante 'moderna'.
Descoberta sugere que escape do pigmento não muda com evolução.
Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que pigmentos de
melanina encontrados em restos de fósseis de cefalópodes de 160 milhões
de anos são praticamente idênticos a melanina encontrada na versão
moderna de uma espécie de lula gigante. O estudo foi publicado na versão
online da revista científica “PNAS”, da Academia Americana de Ciências.
Os pesquisadores compararam a composição química da melanina fóssil com a melanina de um animal da espécie Sepia officinalis, comum nos mares Mediterrâneo, do Norte e Báltico.
Geralmente o tecido animal, composto principalmente de proteínas, se degrada rapidamente. Durante o curso de milhões de anos tudo o que é suscetível de ser encontrado a partir de um animal são restos do esqueleto ou uma impressão da forma do animal em torno de uma rocha. Os cientistas até podem aprender muito sobre um animal por seus ossos e impressões, mas sem matéria orgânica geralmente são deixados com muitas perguntas não respondidas, explica o estudo.
No entanto, a melanina se tornou uma exceção justamente por ser orgânica, pois se mostrou altamente resistente à degradação por longos períodos de tempo.
"Com exceção de todos os pigmentos orgânicos em sistemas vivos, a melanina tem a maior chance de ser encontrada em um registro fóssil", disse Simon.
saiba mais
Os cefalópodes são a classe de animais marinhos que envolvem lulas e
polvos. A versão milenar foi encontrada há dois anos na Inglaterra e
desde então está sendo estudada. Com as impressões do fóssil e de
animais vivos de espécie semelhante, o estudo concluiu que o mecanismo
de escape do pigmento, semelhante a uma tinta, entre esses animais
marinhos não evoluiu desde o período jurássico e que a melanina pode ser
preservada nos fósseis de uma série de organismos.Os pesquisadores compararam a composição química da melanina fóssil com a melanina de um animal da espécie Sepia officinalis, comum nos mares Mediterrâneo, do Norte e Báltico.
Fóssil de cefalópode de 160 milhões de anos armazenou pigmentos de melanina (Foto: British Geological Society)
"[...] nós descobrimos através de uma variedade de métodos de pesquisa
que a melanina tem se mantido em uma condição que pode ser estudada em
detalhes requintados", disse John Simon, um dos autores do estudo e
professor de química da Universidade da Vírginia, nos Estados Unidos.Geralmente o tecido animal, composto principalmente de proteínas, se degrada rapidamente. Durante o curso de milhões de anos tudo o que é suscetível de ser encontrado a partir de um animal são restos do esqueleto ou uma impressão da forma do animal em torno de uma rocha. Os cientistas até podem aprender muito sobre um animal por seus ossos e impressões, mas sem matéria orgânica geralmente são deixados com muitas perguntas não respondidas, explica o estudo.
No entanto, a melanina se tornou uma exceção justamente por ser orgânica, pois se mostrou altamente resistente à degradação por longos períodos de tempo.
"Com exceção de todos os pigmentos orgânicos em sistemas vivos, a melanina tem a maior chance de ser encontrada em um registro fóssil", disse Simon.
Nenhum comentário:
Postar um comentário