A apreensão do produto é a maior já registrada no Brasil.
A empresa responsável foi embargada e multada em quase R$ 3 milhões.
Segundo o Ibama, esta mesma empresa já foi autuada diversas vezes pelo Instituto, e acumula mais de R$ 1 milhão em multas desde 2007. De acordo com o registro, a empresa vinha operando como se comercializasse apenas bexigas natatórias desidratadas, que é um subproduto legal da pesca de tubarão.
Ibama em Belém, PA (Foto: Divulgação/Ibama)
Como a exportadora não possuía os mapas de bordo dos barcos pesqueiros, nem documentos que comprovassem a venda das carcaças dos animais, o Ibama acredita que a empresa praticava uma modalidade de pesca conhecida como "finning".
Proibida por uma portaria do Ibama, o "finning" ocorre quando o pescador corta apenas as barbatanas e descarta a carcaça do tubarão no mar. Muitas vezes o animal resiste à amputação e é jogado ainda vivo na água, mas não sobrevive.
Pescadores praticam o finning por motivos econômicos, já que transportar um barco cheio de barbatanas, produto muito valorizado no mercado internacional, é mais lucrativo que ocupá-lo com o tubarão inteiro. “Essa prática, além de cruel, está levando algumas espécies de tubarão, como o galha-branca, à extinção", afirma Aranha.
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