quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Imagens mostram vazamento de óleo na Bacia de Santos

'Manchas dispersas' se espalharam por uma área de cerca de 70 km².
Segundo a ANP, há baixa possibilidade do óleo alcançar o continente.

Do G1, em São Paulo
 
 
Fotos divulgadas nesta quarta-feira (1) pela Marinha do Brasil e pela ANP mostram a mancha de óleo que se espalhou no mar após o vazamento ocorrido na Bacia de Santos, a cerca de 300 quilômetros da costa do estado de São Paulo, na direção de Ilhabela, a uma profundidade de 2.140 metros.
Em nota, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), constituído por representantes da Marinha, da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), informou que, após sobrevoo na região, "foram avistadas manchas dispersas, em uma área aproximada de 70 km², deslocando-se para sudoeste, confirmando a indicação de baixa possibilidade do óleo alcançar o continente".
Um duto que liga a plataforma ao poço se rompeu e liberou cerca de 160 barris de óleo no mar. Foi o primeiro incidente registrado durante a exploração na região do pré-sal.
Imagens mostram vazamento de óleo na Bacia de Santos (Foto: Reprodução/Marinha do Brasil)Imagens mostram vazamento de óleo na Bacia de Santos (Foto: Reprodução/Marinha do Brasil)
A Petrobras infomou nesta quarta-feira que está finalizando o trabalho de contenção do óleo que vazou e que, após inspeção foi identificada "apenas uma área com vestígios dispersos de óleo". Segundo a empresa, já foram recolhidos 15 metros cúbicos de água oleosa, "que serão tratados conforme determina a legislação ambiental".
Foto da ANP também mostra local do vazamento (Foto: Divulgação/ANP)Foto da ANP também mostra local do vazamento
(Foto: Divulgação/ANP)
A ANP abriu processo administrativo para apurar as causas do incidente e enviou nesta quarta uma equipe a bordo do navio-plataforma FPWSO Dynamic Producer para dar inicio às investigações.

"Três navios da Petrobras continuam realizando ações de resposta, por meio de dispersão mecânica com jatos d’água. A Marinha do Brasil permanece com um navio 24 horas na área do incidente", informou o GAA, em comunicado.
O Ibama notificou a Petrobras a apresentar, em um prazo de 5 dias, um relatório consolidado sobre a resposta ao vazamento, incluindo o detalhamento das ações previstas no plano de emergência aprovado no licenciamento ambiental. "A depender das informações a serem apresentadas, a empresa poderá receber sanções", destacou o Ibama.
Mancha de petróleo se espalhou por uma área de 70 quilômetros quadrados (Foto: Reprodução/Marinha do Brasil)Mancha de petróleo se espalhou por uma área de 70 quilômetros quadrados (Foto: Divulgação/Marinha do Brasil)
Rompimento de coluna de produção
A companhia comunicou na terça-feira (31) que fechou um poço depois de detectar por volta das 8h30 um rompimento na coluna de produção do navio-plataforma FPWSO Dynamic Producer. Segundo a Petrobras, o navio-plataforma produzia óleo para o Teste de Longa Duração (TLD) na área de Carioca Nordeste, no pré-sal da Bacia de Santos.
Segundo comunicado divulgado pela empresa, as causas do acidente estão sendo investigadas.
A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro também instaurou um inquérito administrativo para investigar o incidente que resultou no vazamento de petróleo.
Em novembro do ano passado, um incidente ocorrido durante a perfuração de um poço de petróleo pela petroleira Chevron resultou no vazamento de aproximadamente 2.400 barris de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos.

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