quarta-feira, 16 de novembro de 2011

MORADORES DO BOM PASTOR PRODUZEM VASSOURAS ECOLÓGICAS.


Criada há oito anos, com o objetivo de realizar ações sociais no bairro do Bom Pastor, na zona oeste de Natal, a Associação de Moradores e Amigos do Bom Pastor tem trabalhado para, entre outras atividades, auxiliar a comunidade no desenvolvimento de habilidades que possam ser revertidas em ganhos econômicos e pessoais.

Seguindo esta linha de raciocínio, e preocupado com a incorreta destinação do lixo, que vinha sendo depositado em um terreno baldio por trás do cemitério do bairro, o presidente da associação e morador do Bom Pastor há 44 anos, João Sebastiano, resolveu recolher a grande quantidade de garrafas pet jogadas no local e transformá-las em vassouras, objetivando a comercialização e o ganho financeiro dos próprios moradores do bairro.

Inicialmente o próprio João, através da Associação, enviou um morador até uma fábrica de vassouras feitas a partir de garrafas pet, na zona norte da cidade, para receber formação e, posteriormente, trazer para a comunidade este conhecimento.
O passo seguinte foi iniciar a confecção das máquinas que realizam grande parte do processo de fabricação das vassouras. Interessante, nesta etapa do processo, é saber que os próprios membros da Associação são os responsáveis por desenvolver e construir as máquinas utilizadas.

Atualmente os moradores do próprio bairro e adjacências são os responsáveis pela compra das vassouras. Para que possa ser comercializada em larga escala, para grandes empresas que exigem nota fiscal, a Associação precisa ser registrada, o que aconteceu em 2010, e ter CNPJ, processo ainda em andamento.

Segundo João, “falta incentivo do governo para facilitar a vida do pequeno produtor, isentando de impostos e fornecendo linhas de crédito específicas às necessidades de cada um”. Para o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bom Pastor, esta falta de incentivo já foi responsável pela desistência de alguns moradores do bairro, que tinham interesse de produzir utensílios, a exemplo da vassoura ecológica.
Apesar do lucro ainda pequeno (cada vassoura produzida é vendida a R$ 3,50) João acredita que “a comunidade tem muito a ganhar com a ampliação deste trabalho, que também tem uma preocupação ambiental, já que lida com reaproveitamento de lixo”.

Participante da Sexta Ecológica desde a primeira edição da feira, em 2009, a Associação do Bom Pastor contribui, ao trazer uma amostra de como se realiza o processo de fabricação da vassoura, para apresentar à comunidade, uma utilização prática que pode ser dada ao lixo de produzimos todos os dias.

Fonte: Mateus de Paula / Jô Carvalho (Equipe DMA Comunica)

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