sábado, 30 de junho de 2012

Animais resgatados são devolvidos à natureza pela Polícia Ambiental de RO

Os bichos doentes e vítimas de maus tratos recebem cuidados veterinários.
Apreensões são feitas por patrulhas urbanas e rurais.

Larissa Matarésio Do G1 RO

Filhote de paca no Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS). (Foto: Larissa Matarésio/G1)Filhote de paca no Centro de Recuperação de Animais
Silvestres (CRAS). (Foto: Larissa Matarésio/G1)
A sede da Polícia Ambiental (PA) de Rondônia, em Candeias do Jamari, a 20 quilômetros de Porto Velho, recolhe animais silvestres mantidos em cativeiro ou vítimas de maus tratos para tratamento e avaliação para uma possível reintrodução na natureza. Entre o período de 2010 a 2011, 92 espécies diferentes de animais passaram pelo Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS).
Segundo o CRAS, existem três maneiras principais para os animais chegarem até a unidade de recuperação. O mais comum é o acionamento do batalhão para ir até residências buscar animais silvestres que invadiram o local. A segunda maneira é a entrega voluntária, seja por pessoas que encontram os animais em casa e levam até o centro ou por pessoas que criam e por algum motivo não querem mais.
O terceiro modo, e mais grave, é a apreensão feita pelo patrulhamento urbano e rural realizado pela PA. “Quando a entrega do animal é voluntária, não tomamos nenhuma medida judicial. Mas quando ela é realizada pela apreensão, o caso é mais grave”, conta o coronel Ronaldo Araújo, que comando o CRAS. Ele explica que é aberto um processo criminal e a penalidade é de seis meses a um ano.
Entre os anos de 2010 e 2011, o CRAS registrou a entrada de 536 animais de 92 espécies diferentes. Dos 536 animais, 286 foram reintroduzidos na natureza, 116 morreram por diversos motivos, como traumas, maus tratos e doenças, e 40 animais tiveram outros destinos, como zoológicos e parques de preservação ecológica. “Quando o animal não pode voltar para a natureza, entramos em contato com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e eles nos ajudam a encontram um lugar adequado para esses animais”, diz Ronaldo.
Em um primeiro momento, quando os animais chegam ao CRAS, eles passam por uma avaliação veterinária, são medicados e tratados. Depois de recuperados, passam por uma nova avaliação, agora aos cuidados de um biólogo que vai dizer que está apto ou não para ser reintroduzido na natureza.
Ave deficiente recolhida pelo CRAS (Foto: Larissa Matarésio/G1)Ave deficiente recolhida pelo CRAS
(Foto: Larissa Matarésio/G1)
O principal animal recolhido pela Polícia Ambiental são os pássaros, como papagaios, araras, curiós. Depois são os mamíferos, como tamanduás, bicho-preguiça, quati, pacas; e as cobras, principalmente jiboia e sucuri que entram nas residências em busca de comida e esconderijo. “As cobras se escondem em entulhos e lixos acumulados nas casas, por isso, é preciso tomar cuidado”, recomenda o coronel.
O tempo de recuperação desses animais é de em média 20 a 30 dias, mas depende muito das condições em que chegam os animais. Os casos mais graves, segundo o coronel, são das aves. “Elas são muito frágeis e geralmente chegam com as asas quebradas, o que dificulta muito o tratamento”, ressalta.
Coronel Ronaldo faz a soltura de um jacaré tinga (Foto: Polícia Ambiental/Divulgação)Coronel Ronaldo faz a soltura de um jacaré tinga (Foto: Polícia Ambiental/Divulgação)

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