segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pardal

Foto:
Nome Científico: Passer domesticus
Família: Passeridae
Ordem: Passeriformes
Distribuição: Em todo o território nacional e também em outros países do mundo.
Habitat: Habita desde as grandes cidades como em lugarejos pouco habitados. Ocorre especialmente em zonas agricultadas ou em dormitórios de parques urbanos.
Alimentação: Insetos, sementes (ajudam no controle de pragas; mas também atrapalham diversas culturas agrícolas como as de arroz e trigo, por exemplo), brotos de árvores e restos de alimentos humanos.
Reprodução: Feito de capins, penas, papel e outros materiais, o ninho do pardal é esférico e construído pelo macho. Em geral é "montado" em cavidades e fendas afastadas do solo, em árvores, telhados, postes de iluminação pública e semáforos. Por vezes usa ninhos alheios. A cada ninhada são incubados 4 ovos cinzentos manchados, tarefa dividida pelo casal por 12 dias. Os filhotes saem do ninho de vez com 10 dias, mas durante um tempo ainda voltam para dormir "em casa".
Que ele é comum nos céus do Brasil, não há como negar. Difícil quem não tenha trombado com um pardal, que de tão urbano, até frequenta os restaurantes atrás de algumas migalhas para comer.

Por vezes são tão acostumados com a presença do homem, que nem dimensionam o risco que correm. Toda vez que alguém quer definir uma alta concentração de algo, esse pássaro até virou sinônimo. Em Brasília, por exemplo, chamam os radares de pardal (tamanha é a abundância deles na cidade).

Esta espécie é tratada como um passarinho das bandas tupiniquins, mas ele é forasteiro. Foi introduzido no Rio de Janeiro, em 1906, por Antonio B. Ribeiro. Ele trouxe de Portugal cerca de 200 exemplares, com a intenção de ajudar Oswaldo Cruz na luta contra insetos transmissores de doenças. Mas apesar da procedência dos daqui, sua origem está no Oriente Médio.

Apesar dos benefícios que os pardais trazem no controle de pragas, estudos americanos apontam que os prejuízos são maiores (consomem 55% de grãos cultiváveis) que os benefícios.

Sem falar ainda dos impactos ecológicos. Para começar concorre com a andorinha-azul-e-branca (Notiochelidon cyanoleuca) quanto ao lugar para construir seu ninho. O pardal é mais rápido na tarefa. Por vezes, inclusive, constrói o seu ninho sobre o da andorinha, que termina por desistir do espaço.

Outros pássaros que ameaça são a corruíra (Troglodytes musculus) e o joão-de-barro (Furnarius rufus). Em resumo, é "ave non grata" na maior parte dos lugares em que habita.

Visualmente os machos apresentam duas plumagens. Na primavera uma cor mais acinzentada na região do píleo e na fronte, preto no loro e na garganta, marrom com riscos prestos nas asas, e bico preto com pés cinza-rosado. No outono a plumagem é menos evidente, com a maxila é preta e a mandíbula é preta-amarelada.

Saiba mais:

"Ornitologia Brasileira", de Helmut Sick.

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