terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Cientistas descobrem mais de 200 animais e plantas na Ásia em 2010

Relatório do WWF aponta espécies endêmicas da região do Rio Mekong.
Bacia hidrográfica percorre seis países do Sudeste Asiático.

Do Globo Natureza, em São Paulo
 
 
Levantamento divulgado nesta segunda-feira (12) pela organização ambiental WWF aponta que no ano passado cientistas descobriram 207 espécies de plantas e animais na região do Grande Mekong, rio que corta seis países do Sudeste Asiático como o Camboja, a China, Laos, Miannmar, Tailândia e Vietnã.
De acordo com o documento, entre 1997 e 2009 cientistas encontraram 1.376 novas espécies na região. Apenas em 2010 foram 145 plantas, 28 répteis, 25 peixes, sete anfíbios, dois mamíferos e uma ave.
Descobertas
Entre os animais encontrados está o lagarto-gecko-psicodélico (Cnemaspis psychedelica), encontrado em uma província do Vietnã. Sua diversidade de cores inspirou o nome da espécie endêmica de uma das ilhas do Grande Mekong, com densa cobertura florestal.
Lagarto-gecko-psicodélico encontrado na região do Grande Mekong, no Sudeste Asiático. (Foto: L. Lee Grismer/WWF/Reuters)Lagarto-gecko-psicodélico encontrado na região do Grande Mekong, no Sudeste Asiático. (Foto: L. Lee Grismer/WWF/Reuters)
Outras espécies que foram encontradas são um macaco endêmico de Mianmar (Rhinopithecus strykeri) e um lagarto que se reproduz por meio de auto-clonagem, sem a necessidade de um réptil macho (Leiolepis ngovantrii)
Espécie de lagarto (Leiolepis ngovantrii) que se clona e descarta a reprodução com exemplares machos. (Foto: L. Lee Grismer/WWF/Reuters)Espécie de lagarto (Leiolepis ngovantrii) que se clona e descarta a reprodução com exemplares machos. (Foto: L. Lee Grismer/WWF/Reuters)
Segundo o relatório, esta taxa de descoberta mostra que a região é uma das últimas fronteiras que abriga espécies desconhecidas no planeta. Entretanto, enquanto o encontro de novos exemplares de aves, mamíferos ou plantas destaca a biodiversidade da região, outras espécies estão fragilizadas devido à pressão do homem.
O WWF afirma que a população de animais como o tigre (Panthera tigris) caiu 70% em uma década e a extinção do rinoceronte-de-Java (Rhinoceros sondaicus) no Vietnã, em 2010, “são urgentes lembretes de que a biodiversidade está se perdendo em um ritmo alarmante.
Por isso, a instituição cobra ações conjuntas destes países para evitar a perda dos habitats. “As nações não podem resolver efetivamente estes problemas pensando apenas dentro de suas próprias fronteiras”, informa o documento.

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