quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

G1 visita a reserva mais antiga do continente africano

Reserva Hluhluwe-Umfolozi foi criada em 1895, na África do Sul.
Reportagem tenta avistar os 'big five', os 5 animais mais difíceis de caçar.

Dennis Barbosa Do Globo Natureza, em São Paulo

A Reserva Hluhluwe-Umfolozi é a mais antiga da África, criada em 1895, e é conhecida por ser a única a abrigar os ‘big five’ - os animais tradicionalmente considerados os mais difíceis de caçar – na província sul-africana de Kwazulu-Natal.
Antes de virar um parque, o local foi um território de caça dos zulus, frequentado por figuras como o lendário Rei Shaka, que liderou esse povo africano no século 19. São considerados ‘big five’ o leão, o leopardo, o búfalo africano, o elefante e o rinoceronte. A reportagem do G1 visitou o local na tentativa de ver esses animais em seu habitat natural (veja o vídeo). O passeio pelo parque é feito num jipe especialmente preparado e não é permitido descer, já que os predadores estão à solta.
Rinoceronte (Foto: Dennis Barbosa/G1)Rinoceronte-branco atravessa estrada na reserva: ali é encontrada sua maior população. (Foto: Dennis Barbosa/G1)
O guia que conduz a reportagem é especializado em aves. Ele tem cantos gravados no celular para atrair os pássaros. O truque funciona: em alguns instantes, os espécimes respondem ao chamado.
Um pouco mais à frente, movimentos num arbusto chamam atenção. São macacos da espécie vervet tomando seu café-da-manhã. Eles costumam viver em bandos de até 20 elementos. Por comerem frutas, são considerados atacados por alguns fazendeiros sul-africanos. Mas na reserva eles vivem tranquilamente e não se incomodam com a presença humana.
Depois começam a aparecer mamíferos maiores. Zebras e girafas pastam ao longe. As zebras estão por todas as partes no parque, com seu desenho que parece uma maquiagem.
Também há impalas,espécie de antílope que pode correr a até 90 quilômetros por hora. Escondido no mato, o primeiro dos big five é avistado: um búfalo africano solitário. Ele caminha tranqüilo até um alagado onde bebe da água lamacenta.
O safári é um passeio incerto. O visitante pode dar sorte e ver muitos animais ou sair de mãos abanando. Tudo depende do talento do guia em chegar até os bichos.
Às vezes, no entanto, eles cruzam o caminho dos visitantes. Um nyala, antílope peludo que geralmente gosta de ficar em matas mais fechadas passeia na frente do veículo. Em seguida, um grande touro de búfalo, que atravessa a estrada para matar a sede num alagado próximo.
Finalmente, atravessa o caminho da expedição mais um dos ‘big five’ - na verdade, uma família de rinocerontes-brancos.
Graças a um programa de conservação, a reserva Hluhluwe tem a maior população da espécie da África. São 2.700 animais. É a variedade mais social dos rinocerontes e, como anda bastante em áreas abertas, é mais fácil de se ver. O rinoceronte-negro se esconde nos arbustos e é mais agressivo. O pai da família arrasta o pé no chão para mostrar quem é o dono do pedaço.
Animais como esse chegam a ter mais de 3 toneladas de peso. Com isso, o passeio chega ao fim, com dois dos cinco “grandes” da selva africana avistados, além de vários outros animais.

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