quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Laudo vai apontar causa da morte de 150 animais em SC, diz pesquisador


Na próxima semana pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, devem concluir laudo que apontará a causa da morte de 150 animais marinhos, como tartarugas, golfinhos e baleias, ocorridas entre outubro e dezembro no litoral do estado.
Nesta sexta-feira (2) ambientalistas e biólogos encerraram as buscas por corpos de espécies aquáticas nas praias da região centro-norte do litoral, principal área onde foram constatados os óbitos. “Pelo último levantamento, estimamos a morte de 150 animais. Agora vamos concluir esse laudo para enviaá-lo às autoridades ambientais, que investigarão o motivo dessa mortalidade”, disse Jules Marcelo Rosa Soto, curador do Museu Oceanográfico e Ecomuseu Univali e coordenador das equipes de busca.
Exemplar da espécie de tartaruga-verde é encontrado morto em praia de Santa Catarina. (Foto: Divulgação/Univali)
De acordo com Rosa Soto, o documento será enviado para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Polícia Ambiental e Ministério Público.
Crime ambiental
A principal suspeita levantada pelos pesquisadores é que a alta mortalidade de espécies marinhas tenha ocorrido devido a práticas de pesca. Existe a possibilidade de que pescadores tenham utilizado redes de malha fina próximo à costa, o que prejudicaria a movimentação de animais, que acabam aprisionados nas redes. A prática é proibida no Brasil, segundo a legislação ambiental.
Boto que apareceu morto em praia de Balneário Camboriú. (Foto: Divulgação)
Segundo a Univali, desde o início do monitoramento de espécies na costa de Santa Catarina, há 18 anos, nunca houve uma mortalidade tão alta de animais no litoral. A maioria dos óbitos registrados foi de tartarugas-verdes (Chelonia Mydas).
O balanço final da quantidade de mortes registradas será divulgado apenas na segunda-feira (5), mas os biólogos já contabilizam corpos de golfinhos-cinza (Sotalia guianensis), botos (Tursiops truncatus), conhecidos como “boto flíper” ou “boto da tainha”, uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), uma baleia-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) e toninhas (Pontoporia blainvillei).
Fonte: G1

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