quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ribeira, abandonada e suja

Entorno do Porto de Natal e a Rua Chile são alguns dos pontos que sofrem com o lixo e fedentina
Sérgio Henrique Santos // mailto:sergiohenrique.rn@dabr.com.br

Além de negligenciado pelo poder público no que se refere à preservação e urbanização, o bairro histórico da Ribeira, na Zona Leste, agora acumula um outro problema: o bairro fede. Especialmente na região portuária e na Rua Chile, onde há dezenas de escritórios, empresas, oficinas mecânicas e peixarias. Essas últimas, por sinal, são apontadas pelos frequentadores como as culpadas pela fedentina que toma conta do bairro mais antigo da capital. O esgoto e a água usada para lavar os invadem a antiga rua do comércio de Natal.


Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
Muitos comerciantes sequer usam desinfetantes. "Alguns não tem consciência, lavam e deixam a água escorrer pela rua, no calçamento mesmo. Às vezes ficam espinhas de peixe na calçada. Quando o sol bate, a fedentina sobe ainda mais", afirma Damião Inácio, peixeiro que trabalha na Rua Chile. Apesar de o problema se apresentar como aparente falta de cuidado da própria população e dos comerciantes que usam o local, também falta iniciativa do poder público para manter a limpeza na área.

Na sexta-feira da semana passada, 14 de outubro, o Diário de Natal mostrou o problema da sujeira no entorno do Teatro Alberto Maranhão. Ontem a reportagem observou que as coisas continuam nada limpas por lá. O cenário não mudou: o abandono da praça Augusto Severo continua e o lixo se mantém acumulado nos canteiros onde deveriam haver plantas. Não obstante, a reportagem observou que o descaso com a Ribeira se estende a outras partes do bairro, especialmente na região portuária.

No largo da Rua Chile, por exemplo, o antigo casarão que servia como terminal da Estação Ferroviária está abandonado. As pinturas em grafite deram lugar às pichações. O alpendre serve de moradia para um mendigo, que já virou conhecido dos moradores. "A gente pede pra ele ter cuidado, mas basta colocarmos sacolas com lixo na rua, ele é o primeiro a abrir. E pior, espalhar o lixo", explica o chefe de cozinha João Pedro Bispo de Oliveira, da Central Ribeira Botequim. "Aqui em frente é muito sujo.Isso traz barata, ratos. Temos que lavar frequentemente a nossa cozinha para evitar contaminação", completou. Em frente à boate Galpão 29, um buraco se abriu no calçamento, em plena rua. Mais adiante, mais buracos e sujeira. entulhos se acumulam próximo ás sedes dos clubes de remo náutico e sport, ainda na rua chile.

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