Compensar e diminuir os impactos ambientais provocados pelas construções no Campus Universitário: com essa ideia a UFRN, através da Superintendência de Infraestrutura, começou a fazer a semeadura de 2 mil mudas de espécies nativas para o plantio em diversas áreas da Universidade. Levada à frente pelo ProARVORE – Programa de Arborização da Diretoria de Meio Ambiente (DMA), a arborização está sendo pensada de forma que as espécies nativas sejam preservadas.A semeadura das mudas foi realizada pela primeira vez no dia 13 de junho, no espaço do Horto, que fica ao lado da nova sede da Superintendência de Infraestrutura localizada, por sua vez, ao lado do Restaurante Universitário.
Para que as mudas possam ser plantadas no Campus, faz-se necessário um intervalo de, pelo menos, cinco meses. Das duas mil mudas que fizeram parte da primeira semeadura, nem todas devem resistir. Entre as cinco espécies semeadas, duas são originárias da região da Mata Atlântica (Pau d´óleo e Barriguda) e três são naturais da região da Caatinga (Baraúna, Arueira e São João), o que cria a expectativa de que as espécies se adaptem bem à nossa região.
Com algumas dificuldades iniciais na obtenção das mudas, a equipe do Horto, composta por quatro integrantes, contou com o apoio do Instituto Chico Mendes – ICMBio, que doou sementes de 37 espécies nativas. Essa diversidade de sementes já começa a aumentar. Com menos de um mês de trabalho, a equipe do Horto já conta com 41 espécies de sementes. “Uma das nossas dificuldades era devido à falta de variedade de espécies, e agora a situação melhorou”, destaca Bruno Macêdo, biólogo e responsável pelo ProARVORE.
Visando a caracterização da flora local, foi realizado um estudo da área contígua à Universidade, de onde foram coletadas novas espécies – sementes de Catolé, Sucupira e Goititrubá, afirma Bruno. Além do que representa no sentido de dar o devido destaque às características identitárias e da cultura das espécies nativas, o plantio das espécies mais comuns para a nossa região traz ainda o benefício da maior resistência às pragas, que costuma ter como uma das características.
Para que seja minimizado o impacto ambiental causado pelas construções, um estudo será realizado com o objetivo de que todas as áreas afetadas sejam compensadas com os novos plantios. A proposta é que essa preocupação ambiental norteie todos os trabalhos executados na UFRN. Nesse sentido, um novo projeto foi apresentado para ampliar o trabalho realizado pelo Horto, ainda esse ano, e já se encontra aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos – Finep. A ideia é que, no lugar onde antes havia predominância no cultivo de plantas ornamentais e frutíferas, seja criada uma “fonte”, verdadeiro viveiro de plantas nativas da nossa região.
Fonte: DMA Comunica
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